Um fóssil de pterossauro descrito na Science de Janeiro deste ano mostra uma mãe pterossauro (gênero Darwinopterus) que morreu há cerca de 160 milhões de anos após machucar uma asa e cair num lago. A fêmea em questão trazia em seu interior um único ovo que, com o início do processo de decomposição, foi expelido do corpo.
Este fóssil ajudou a confirmar duas ideias já levantadas sobre a vida dos pterossauros.
1. Machos e fêmeas possuem dimorfismo sexual: Muitos fósseis de Darwinopterus possuem uma crista percorrendo o focinho, enquanto outros não a possuem. Como o fóssil em questão trata-se com certeza de uma fêmea e esta não possuía a crista em questão, supõe-se que somente os machos carregassem este adorno.
2. Pterossauros enterram seus ovos na areia: Esqueçam os ninhos de pterossauros no alto de galhos ou montanhas que você via nos filmes! O ovo encontrado junto à fêmea provavelmente possuía uma casca flexível e pouco calcificada, de forma semelhante às dos ovos de muitos répteis modernos. Assim, é mais provável que os ovos fossem enterrados na areia, onde a umidade do ambiente seria capaz de providenciar a água necessária ao embrião. Os poucos fósseis já conhecidos de ovos de pterossauros e dos embriões contidos neles já levantavam tais suspeitas, pois os fetos já apresentavam asas bem desenvolvidas e ossos com calcificação suficiente para permitir que voassem logo após deixar o ovo.
Então a partir de agora pense nos filhotes de pterossauros saindo da areia como fazem as pequenas tartarugas, prontos para explorar o mundo por conta própria.
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